Hoje, 25 de Maio, comemora-se o Dia de África. Nesta data, os africanos recordam o dia da criação da Organização de Unidade Africana “OUA” em 1963, na Etiópia, acontecimento que marcou o início de um ciclo caracterizado, pelo apoio de uma organização continental às lutas de libertação do colonialismo.
Quando se criou a OUA havia a esperança de que os países africanos, com as independências, haveriam de enveredar por processos de desenvolvimento para assegurar aos povos do continente uma vida digna. Os pais fundadores de muitas Nações nos anos 60 do século passado estavam, depois de derrotado o colonialismo, animados pela vontade de retirar os povos da miséria e do subdesenvolvimento. Muitos políticos e estadistas africanos pretendiam, não só a independência política, mas também a económica, e tiveram de enfrentar muitos problemas causados pelas ex-colónias, tendo prestigiados líderes africanos pago com a morte, a coragem de combater os antigos colonialistas, que queriam continuar a oprimir os povos dos seus países. Esses líderes opunham -se ao neocolonialismo.
Passados 60 anos desde a criação da Organização de Unidade Africana, é inevitável e necessário que façamos uma avaliação da evolução do continente berço da humanidade, ao longo deste longo período tempo, ao nível económico e social. Sempre que nós, africanos, comemorarmos o Dia de África, vale a pena fazermos um balanço do que fizemos e do que faltou fazer, para partirmos para a correcção dos erros e promovermos a construção de sociedades cada vez melhores no continente.
Muitos países africanos optaram por regimes democráticos, havendo hoje no continente, Estados em que os cidadãos podem participar livremente na vida política, por via de partidos ou de outras organizações, o que em vários pontos de África tem contribuído para a estabilidade e para o crescimento económico, que permite avançar para o desenvolvimento, com vista a assegurar uma boa qualidade de vida às populações.
Comemoramos este ano o Dia de África numa altura em que ainda temos nós, africanos, de superar conflitos no Congo Democrático, na República Centro -Africana, no Burundi e no Sudão do Sul. É necessário que a unidade dos países do continente não esteja apenas confinada nas conferências da União Africana. Essa união tem de se traduzir em esforços efectivos e contínuos para resolvermos definitivamente os diferentes conflitos que temos em África.