O serviço nacional de recuperação de activos, da Procuradoria-Geral da República (PGR), resgatou uma aeronave, que durante anos esteve ao serviço do Banco Internacional de Crédito (BIC), sem que existisse qualquer acordo comercial, ou de cedência legal, por parte da Força Aérea nacional, cuja frota pertence.
Trata-se do emblemático B350, que no auge da guerra – em finais da década de noventa e primeiros anos de 2000 – funcionou como a aeronave operativa do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, o General João Baptista de Matos, transportando-o para diferentes cenários e escalas.
Depois que este alto oficial das FAA deixou de desempenhar as suas funções, restituiu o avião à tutela e gestão do Comando da Força Aérea nacional, de onde viria a conhecer a descaminho que se prolongou até à presente data, quando o meio aéreo foi recuperado pela PGR.
Oficiais de alta patente conhecedores deste dossier, nos meandros da Força Aérea nacional, confirmam que o avião havia sido efectivamente cedido a custo zero ao BIC, que tinha inscrito a sua logomarca na fuselagem do aparelho.