O Tribunal da Comarca do Moxico condenou a 23 anos de prisão o líder de uma organização considerada ilegal, denominada “Manifesto Jurídico-Sociológico do Povo Lunda”, que defendia a independência da região leste de Angola.
De acordo com o Jornal de Angola, Jones Chivulukila foi condenado pelos crimes de alta traição, desobediência, resistência contra funcionários, ofensa simples à integridade física e associação criminosa, tendo o tribunal considerado provados 60 do total de 64 quesitos.
O acórdão considerou ilegal a organização, que defendia a criação de um Estado independente, “Lunda Tchokwe”, congregando seis províncias,
designadamente Moxico, Moxico-Leste, Lunda Norte, Lunda Sul, Cuando e Cubango, liderada por Jones Chivulukila, de 60 anos, primeiro-sargento das Forças Armadas Angolanas (FAA).
A juíza, ao ler sentença, considerou que os actos do arguido, sobretudo o crime de alta traição, “colocam em risco a estabilidade nacional, atentam contra a unidade da República e comprometem a soberania do Estado angolano”, noticiou o Jornal de Angola.
A sentença condenatória foi lida segunda-feira, tendo o julgamento arrancado a 03 de junho deste ano.
Além da pena de prisão, Chivulukila vai obrigado ao pagamento de 100.000 kwanzas de taxa de justiça, 300.000 kwanzas (de indemnização ao Estado angolano, representado pela Polícia Nacional no Moxico, e 50.000 kwanzas de compensação a um agente ferido durante os confrontos que originaram o processo.