O maior encontro anual do grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) arranca segunda-feira, em Abidjan, Côte d’Ivoire, e vai decorrer até sexta-feira com uma agenda que inclui a eleição de um novo presidente.
Akinwumi Adesina chega ao fim de dois mandatos (dez anos) à frente do BAD, período em que foi criado um novo instrumento de financiamento para países de língua portuguesa, o Compacto Lusófono, além do apoio directo a projectos como o parque tecnológico de Cabo Verde, o sector energético em Moçambique ou a transformação agrícola e inclusão social em Angola.
Há cinco candidatos à sucessão: Amadou Hott (Senegal), Samuel Maimbo (Zâmbia), Sidi Tah (Mauritânia), Abbas Tolli (Chade) e Bajabulile Tshabalala (África do Sul), vice-presidente de Adesina e a única mulher entre os concorrentes.
A eleição decorrerá na quinta-feira, durante a Assembleia de Governadores, incluída no programa dos encontros anuais.
Segundo o programa, noutro evento, o Presidente angolano, João Lourenço, vai receber, na quarta-feira, o prémio “Africa Road Builders” (Construtores de Estradas de África), um galardão que “reconhece os líderes africanos que investiram no desenvolvimento de infraestruturas”.
O chefe de Estado de Angola sucede-se aos líderes da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, e ao congolês, Denis Sassou-Nguesso, co-vencedores em 2024.
As reuniões anuais do BAD são o evento mais importante do grupo e a organização espera juntar mais de 6.000 pessoas, incluindo chefes de Estado e de Governo, ministros das finanças, governadores de bancos centrais e parceiros de desenvolvimento, além de representantes do sector privado e líderes da sociedade civil.
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição de financiamento do desenvolvimento do continente e conta com 81 Estados-membros, entre 53 países africanos e 28 países fora do continente.