“O Presidente da República e o seu Governo repudiam veementemente as manifestações ilegais e violentas que têm ocorrido em todo o país e continuaremos a combater veementemente estas manifestações porque não são de bom grado”, declarou o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, após uma sessão daquele órgão, na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado.
O Governo moçambicano anunciou igualmente que desde outubro do ano passado, altura em que iniciaram os protestos, foram vandalizadas e destruídas pelo menos 19 fábricas e indústrias, vandalizados 23 armazéns comerciais e 176 postes de energia eléctrica e destruídas 13 farmácias.
Segundo o executivo, foram ainda vandalizadas 23 ambulâncias, 220 veículos e 164 casas do Governo e 108 casas de particulares.
“Como se pode ver, há de ser repugnante e totalmente reprovável qualquer destruição (…) Depois reclamamos que não temos bens de primeira necessidade, queremos ter acesso a bens importados, obrigamos o importador a vender a preços que não têm qualquer base para cálculo, portanto, este tipo de comportamento não pode ser abraçado pelo Governo, pelo Presidente da República, e estas manifestações vão ser combatidas”, acrescentou Impissa.
O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, disse na segunda-feira que vai combater as manifestações pós-eleitorais e assegurar a independência e soberania do país.
“Tal como estamos a combater o terrorismo e há jovens que estão a derramar sangue para a integridade territorial de Moçambique, para a soberania de Moçambique, para manter a nossa independência, aqui em Cabo Delgado, mesmo se for para jorrar sangue para defender essa pátria contra as manifestações, vamos jorrar sangue”, disse o Presidente moçambicano.
Actualmente, os protestos, agora em pequena escala, têm estado a ocorrer em diferentes pontos do país e, além da contestação aos resultados, os populares queixam-se do aumento do custo de vida e de outros problemas sociais.