Pelo menos 10% da população de Moçambique, equivalente a 3,15 milhões de pessoas, vive em situação de insegurança alimentar aguda, dos quais 400 mil estão em situação critica, afetando sobretudo Cabo Delgado, segundo dados oficiais. Em relação à avaliação pós-colheitas, temos 3,15 milhões de pessoas no país que estão em situação de insegurança alimentar aguda e neste momento decorre trabalho de assistência humanitária, de assistência para o desenvolvimento, para que essas famílias possam recuperar a sua capacidade produtiva”, explicou a secretária-executiva do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição (SETSAN), Leonor Mondlane.
Aquele órgão reuniu-se sexta-feira, em Maputo, sob presidência do primeiro-ministro, Adriano Maleiane, tendo sido anunciado que já foram entregues 120 mil kits de insumos agrícolas e vários kits de insumos pesqueiros, nomeadamente às famílias afetadas pelas inundações nos primeiros meses do ano, para permitir recuperar a capacidade produtiva.
“Temos cerca de 400 mil pessoas que precisam de assistência humanitária — são as que estão a receber assistência humanitária através das organizações – e as restantes precisam de assistência para o desenvolvimento para poderem recuperar sua capacidade produtiva”, destacou ainda Leonor Mondlane, após a reunião do SETSAN.
Acrescentou que a maior parte da população em situação de insegurança alimentar está concentrada em Cabo Delgado, província afetada há quase seis anos por ataques terroristas, enquanto as restantes estão numa situação “mais ou menos equilibrada”.
“Em Cabo Delgado é crítica”, descreveu Leonor Mondlane.
No terreno, o apoio humanitário está a ser assegurado pelo Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) e parceiros, incluindo o Programa Mundial de Alimentação (PMA), Programa Nacional de Nutrição Escolar, uma iniciativa do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH).