CANAL A - Destaque

Portugal admite que plataforma de agendamento de vistos em Luanda está capturada por açambarcadores

todayFevereiro 16, 2025 25053 62 3

Background
share close

O Governo português admite que a plataforma usada em Luanda para os agendamentos de vistos está a ser bloqueada ilegitimamente por “açambarcadores” que capturam vagas usando `software` malicioso, remetendo a investigação destas práticas para as autoridades locais.

Em resposta escrita enviada à Lusa, na sequência de denúncias relativas à inoperância da plataforma da VFS Global, através da qual é feito o agendamento dos vistos para angolanos que pretendem viajar para Portugal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Portugal manifesta “preocupação” com estas práticas e diz que está a trabalhar no sentido dos requerentes serem identificados através de reconhecimento facial.

“Tanto o Consulado-Geral como a própria VFS veem com preocupação o fenómeno do açambarcamento de vagas por parte de intermediários («agências»), que comercializam um acto — o agendamento — que é gratuito com grande prejuízo para os utentes”, diz o Governo luso através do gabinete de imprensa do MNE.

“Na maioria dos casos, os «açambarcadores» recorrem a `softwares` maliciosos — como `bots` – que lhes permitem bloquear, de forma quase automática, um grande número de vagas”, diz o MNE, dando razão às inúmeras queixas sobre os bloqueios da plataforma que se têm multiplicado desde o ano passado.

O Governo diz que tanto o Consulado-Geral como a empresa parceira, VFS, “têm procurado implementar obstáculos à utilização destes expedientes, nomeadamente restrições de IP, passos adicionais de verificação, etc., uma tarefa em constante actualização, atendendo à sofisticação e capacidade de adaptação daqueles que procuram açambarcar vagas para subsequente comercialização”.

O MNE respondeu que a prioridade actual é a aposta no combate à “captura de vagas”, em colaboração com a VFS Global e com as autoridades angolanas, e que busca soluções tecnológicas que permitam aumentar a fiabilidade e previsibilidade no agendamento, “nomeadamente através do recurso a um sistema de verificação da identidade dos requerentes de visto por reconhecimento facial, sistema esse que já se encontra a ser utilizado com sucesso noutros países”.

O Governo português sublinha, no entanto, que a investigação desta “economia paralela” que reconhece existir em torno da comercialização dos agendamentos é uma “matéria que compete às autoridades locais – neste caso angolanas – com as quais o Consulado-Geral mantém boa relação de cooperação”.

Salienta ainda que estas práticas são comuns em países onde a procura é superior à capacidade de processamento dos postos consulares portugueses e que o consulado-geral tem encorajado a denúncia “de quaisquer práticas menos próprias”.

Editor: Lafaeth

Rate it

Notícias

C.Internacional - Destaque

Brasil marca cimeira dos BRICS para 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro

O Brasil marcou a cimeira do grupo de países conhecido como BRICS para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, centrada no desenvolvimento, cooperação e melhoria das condições de vida "Vamos tomar decisões muito importantes para o desenvolvimento, para a cooperação e para a melhoria da condição de vida de todos os habitantes desses países", disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no anúncio da realização da […]

todayFevereiro 16, 2025 59 2 2

0%
donut_large