Admitindo que pretendia deixar uma mensagem de esperança para o país, Chapo afirmou que o “diálogo com as forças políticas será sempre franco, honesto e sincero”, tendo como “prioridade das prioridades” a estabilidade política.
“Hoje dirigimo-nos a cada um dos moçambicanos, não como um presidente distante, mas como um filho desta terra, onde sentimos, vivemos e partilhamos as nossas angústias”, continuou, sublinhando que Moçambique está a passar “por muitas angústias” e não pode ignorar os desafios, como a fome, o desemprego, a crise na Função Pública.
“Ouvimos as vossas vozes, antes e durante as manifestações. E continuaremos a ouvir, mesmo em momentos de estabilidade”.
“Vamos ajustar as velas do nosso barco, para que ele navegue com mais eficiência, menos desperdício e sobretudo com mais atenção e cuidado para cada moçambicano. Por isso, vamos ter um Governo mais eficaz”, afirmou, acrescentando que uma das primeiras mudanças será a redução do Executivo, “começando com a redução de ministérios, ministros e eliminação de secretarias de Estado equiparados aos ministérios”.
Segundo Daniel Chapo, estas alterações vão “direccionar o dinheiro para onde realmente importa: Educação, Saúde, Agricultura, Água, Energia, Estradas, para melhoria de vida do povo”.
Para terminar, Daniel Chapo afirmou: “o futuro de Moçambique está nas nossas mãos”.
“Hoje, mais do que nunca, precisamos de união, coragem e determinação. Não será uma jornada fácil, mas temos de ter plena confiança na força do povo moçambicano, da nossa unidade nacional, que é o segredo do nosso sucesso”, disse.
Formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, em 2000, Daniel Francisco Chapo nasceu em Inhaminga, província de Sofala, centro de Moçambique, a 6 de janeiro de 1977, sendo por isso o primeiro presidente da República nascido já depois da independência do país (1975).