“Um novo capítulo da nossa história vai começar e nós vamos escrever juntos”, afirmou Daniel Chapo, também secretário-geral da Frelimo, partido no poder em Moçambique, numa mensagem publicada na sua conta oficial na rede social Facebook.
“Somos uma nação forte e resiliente, um povo escolhido e abençoado. Por isso, vamos, juntos e em harmonia, vencer as actuais adversidades, e introduzir um novo capitulo na nossa história, construindo a Pérola do Índico que tanto sonhamos”, lê-se ainda na mensagem, mas sem qualquer referência à proximidade do anúncio final dos resultados das eleições gerais de 09 de outubro, na segunda-feira.
Jurista de profissão, Daniel Chapo, 47 anos, foi aprovado em maio pelo Comité Central do partido como candidato apoiado pela Frelimo à sucessão de Filipe Nyusi, que cumpriu dois mandatos como Presidente da República. Era então, desde 2016, governador da província de Inhambane.
O Conselho Constitucional de Moçambique tem de proclamar até segunda-feira, 23 de dezembro, os resultados das eleições gerais, que incluíram presidenciais, legislativas e provinciais.
Os resultados anunciados em 24 de outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) deram a vitória, com 70,67% dos votos, a Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, mas precisam ainda de ser validados pelo Conselho Constitucional, última instância de recurso em contenciosos eleitorais.
O candidato Venâncio Mondlane, um dos quatro que concorreu à eleição presidencial, segundo a CNE, ficou em segundo lugar, com pouco mais de 20% dos votos, e desde então tem convocado em todo o país paralisações e manifestações, que culminam em violência e confrontos com a polícia.