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Governo moçambicano decreta dois dias de luto após 73 mortos pelo ciclone Chido

todayDezembro 20, 2024 15

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O Governo moçambicano decretou dois dias de luto nacional a partir desta sexta-feira, após 73 mortos na sequência da passagem do ciclone Chido no centro e norte do país.

Em comunicado, o Conselho de Ministros de Moçambique indica que o luto nacional inicia-se à meia-noite, de 20 de dezembro, em que a bandeira nacional e o pavilhão presidencial serão içados a meia-haste em todo o território nacional e nas missões diplomáticas e consulares da República de Moçambique.O Presidente moçambicano já lamentou  a morte de 73 pessoas e a destruição de infraestruturas, incluindo escolas, hospitais e outros edifícios públicos e privados e pediu “solidariedade” dos moçambicanos para com as vítimas.

“Vamos imediatamente priorizar o apoio na reposição de abrigos, habitações, alimentação, energia, água e distribuição de sementes para além dos outros apoios que estão a acontecer”, declarou Filipe Nyusi, na sua comunicação aos moçambicanos alusiva à quadra festiva.

Um total de 73 pessoas morreram, uma está desaparecida e outras 543 ficaram feridas durante a passagem do ciclone Chido no norte e centro de Moçambique, indicam dados atualizados ontem pelas autoridades moçambicanas.

O ciclone Chido afectou ainda 329.510 pessoas, o correspondente a 65.282 famílias, nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, no norte, e Tete e Sofala, no centro do país, refere-se no novo balanço do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique.

Segundo as autoridades, o mau tempo destruiu, total e parcialmente, 52.476 casas, afetou 49 unidades hospitalares, 26 casas de culto, 11 torres de telecomunicação e 34 edifícios públicos.

Os dados atualizados apontam ainda para um total de 35.461 alunos, 443 professores, 561 salas de aula e 139 escolas afetados, além de 338 postes de energia tombados e 454 embarcações danificadas.

De acordo com o INGD, o ciclone tropical, que se formou em 05 de dezembro no sudoeste do oceano Indício, entrou no domingo pelo distrito de Mecúfi, em Cabo Delgado, “com ventos que rondaram os 260 quilómetros por hora” e chuvas fortes.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

Editor: Estanislau Garcia

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