Em Bissau, a selecção moçambicana abriu o marcador logo aos nove minutos na sequência de uma má abordagem de um lance do guarda-redes guineense.
Manuel Baldé socou para zona central um pontapé de canto e, de fora de área, Bruno Langa desferiu um portentoso remate inaugurando o marcador para os visitantes.
Moçambique quase chegou ao segundo golo, outra vez, numa atrapalhação dos defesas guineenses que só não deu em golo devido à forma displicente como Ratifo abordou o lance, que ‘morreu’ nas mãos de Manuel Baldé.
A Guiné-Bissau via as suas acções ofensivas desenvolvidas apenas através das arrancadas individuais do esforçado Mama Baldé, o melhor jogador do conjunto da casa, que foram sendo controladas pelos defensores moçambicanos, Mexer e Reinildo.
De forma esforçada, a Guiné-Bissau chegou ao empate aos 42 minutos, com o primeiro golo de Beto pela seleção guineense, ao fim de quatro partidas.
Moçambique voltou a marcar no início do segundo tempo, num canto cobrado pelo jogador do Sporting Geny Catamo e aproveitado por Rafito.
Na conferência de imprensa, o seleccionador guineense, Luis Boa Morte, considerou que a sua equipa “dominou o jogo, mas não foi eficaz na concretização” das oportunidades criadas, acrescentando: “O resultado aceita-se”.
Boa Morte disse, contudo, que mesmo tendo falhado um dos objectivos da sua contratação, apurar a Guiné-Bissau para a CAN2025, não se pode colocar em causa o trabalho em curso na selecção guineense.
O seleccionador moçambicano, Chiquinho Conde disse esperar que a vitória e a qualificação para o CAN possam contribuir para “minimizar o sofrimento do povo” do seu país que, lembrou, “passa por momentos difíceis”, devido aos problemas políticos que se vivem após as eleições gerais de outubro.