O barril de Brent, referência às exportações angolanas, fechou a semana nos 90,15 dólares, sendo expectável, face às condições favoráveis de mercado, que suba para patamares mais altos ao longo das sessões que hoje retomam nas bolsas
Detalhes do mercado mostram que, nas últimas 52 semanas, o preço de encomenda do barril variou entre 71,28 e 97,69 dólares nos contratos de 1.000 barris.
As entregas para Junho, por sua vez, na última sexta-feira, estiveram a ser realizadas na base de negociações a oscilar entre 90,01 e 92,18 dólares, respectivamente. Angola, com mais de 90 por cento das receitas e exportações baseadas no petróleo, fixou no respectivo Orçamento Geral de Estado deste ano (documento que fixa as receitas e despesas do Estado num dado ano fiscal) sob um valor de 65 dólares.
Neste momento, de acordo com leitura gráfica dos indicadores de mercado, o preço médio, entre 14 de Março e 14 de Abril, fixou-se nos 87,94 dólares. A variação é positiva em 7,64 por cento se se considerar o mínimo de 83,98 dólares e a alta de 92,18 dólares.
Ainda assim vale notar, que no período de um mês, só por cinco dias os preços estiveram acima dos 90 dólares. Noutras 16 sessões, sempre se negociou nos 80 dólares.
Cálculos da redacção de Economia estimam que se em caso de o barril seguir acima dos 90 dólares, durante todas as entregas para Junho, esse será o mês de maior facturação.
Como referido anteriormente, neste momento, o diferencial entre a previsão de Angola o OGE (65 USD) e o preço de mercado (90 USD) dá um diferencial positivo de USD 25. Se se considerar a previsão de produção diária de 1,1 milhão de barris, há uma entrada adicional de 27,5 milhões de dólares/dia.
Todas estas variações positivas vão também reflectir-se na estabilidade das Reservas Internacionais (actualmente à volta dos 14,5 mil milhões de dólares).
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