O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lançou esta segunda-feira um apelo de financiamento de 605 milhões de dólares para assistência humanitária de refugiados da República Democrática do Congo.
Uma nota da agência da ONU para os refugiados, refere que foi lançado o Plano Regional de Resposta a Refugiados (PRRR) de 2023 para a RDC para o financiamento “urgente e imediato” de 605 milhões de dólares para prestar assistência humanitária e protecção dos refugiados congoleses que procuraram segurança nas regiões do sul de África e nos Grandes Lagos, incluindo Angola.
O PRRR visa também o apoio às comunidades locais que acolhem refugiados da RDCongo, salienta a nota.
“A RDCongo continua a ter uma das crises humanitárias mais complexas e duradouras de África, marcada por décadas de conflito. Até 1 de fevereiro, mais de um milhão de refugiados e requerentes de asilo da RDCongo foram acolhidos no continente africano, a maioria deles em Angola (23.200), Burundi (87.500), República do Congo (28.600), Ruanda (72.200), Uganda (479.400), República Unida da Tanzânia (80.000) e Zâmbia (52.100)”, indica o ACNUR.
O ACNUR descreve que em muitos países de acolhimento de refugiados, as fronteiras, assentamentos e campos já chegaram ou excederam a capacidade e os serviços básicos disponíveis, como a saúde, ou são esticados até ao limite ou são muito caros.
Além da assistência humanitária, o PRRR da RDC vai também procurar promover a auto-subsistência e resiliência económica dos refugiados e das comunidades de acolhimento vulneráveis, centrando-se em projectos liderados pelas mulheres e pelos jovens que procurem reduzir a dependência da assistência.
Em Angola, oito parceiros integram o plano de resposta nacional, nomeadamente agências das Nações Unidas — ACNUR, Organização Internacional das Migrações (OIM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) -, organizações internacionais – Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e Visão Mundial (WV) – e organizações nacionais – Ajuda de Desenvolvimento de Povo para o Povo (ADPP) e a Igreja Evangélica dos Irmãos de Angola (IEIA).