A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, nesta terça-feira, a vacinação contra a varíola para grupos prioritários, incluindo profissionais de saúde em risco, equipas de laboratório que actuam com ortopoxvírus, especialistas em análises clínicas que realizam diagnóstico para a doença e outros que possam estar em risco de acordo com autoridades nacionais de saúde pública.
As primeiras recomendações da OMS sobre o tema foram publicadas num guia provisório a partir da consultoria do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos (SAGE, na sigla em inglês). No documento, a OMS enfatiza que a vacinação em massa não é necessária nem recomendada neste momento.
Para pessoas que tiveram contacto com casos confirmados da doença, a OMS recomenda a vacinação, como profilaxia pós-exposição (PrEP), com uma vacina de segunda ou terceira geração. A vacina deve ser aplicada preferencialmente dentro de quatro dias após a primeira exposição para prevenir o início da doença.
No documento, a OMS alerta que alguns países mantiveram stocks estratégicos de vacinas mais antigas contra a varíola do Programa de Erradicação da Varíola – concluído em 1980. No entanto, essas vacinas de primeira geração não são recomendadas para o surto de Monkeypox.
Anos de pesquisa levaram ao desenvolvimento de vacinas novas e mais seguras (segunda e terceira geração) para a varíola, algumas das quais podem ser úteis para a varíola dos macacos.