Uma delegação angolana chefiada pelo Secretário de Estado da Agricultura, João Bartolomeu da Cunha, em representação do Ministro da Agricultura e Pescas, e integrada pelo Embaixador de Angola na Guiné Equatorial, António Luvualu de Carvalho, o director Nacional da Agricultura e Pecuária, Manuel de Almeida Mateus Dias, e pelo director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Ministério da Agricultura e Pescas, Anderson Renato de Brito Jerónimo participa a partir desta quarta-feira, 13, até ao dia 14 do corrente, na 32° Sessão da Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
O evento decorre no Centro Internacional de Conferências de Sipopo, em Malabo, República da Guiné Equatorial, tendo o discurso de abertura da plenária sido proferido pelo Chefe de Estado equato-guineense, Obiang Nguema Mbassogo.
Integram, ainda, a delegação angolana o Embaixador de Angola na Itália/ Representação Permanente de Angola junto da FAO em Roma, que participam com intervenções por video-conferência, tendo sido responsáveis pela preparação dos conteúdos programáticos de especialidade para esta Conferência durante as várias sessões de trabalho da FAO em Roma, pelo 3° Secretário da Direcção dos Assuntos Multilaterais do Ministério das Relações Exteriores, Horys da Rosa Pedro Xavier , e por Diplomatas da Embaixada de Angola em Malabo.
A Cimeira começou com trabalhos das Delegações Técnicas na passada segunda-feira, dia 11.
Em Malabo, estão presentes, igualmente, os representantes do sector da Agricultura dos 54 países africanos, e seis países observadores convidados, nomeadamente, Canadá, França, Países Baixos, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Estados Unidos da América e Santa Sé.
O evento é realizado em formato híbrido, permitindo a participação por video-conferência de técnicos da FAO e de outros organismos e organizações à vários níveis, que trabalham para a erradicação da fome e o combate à pobreza a em todo o mundo.
No primeiro dia da Conferência Regional da FAO, o Secretário de Estado da Agricultura, chefe da delegação de Angola, foi recebido em audiência pelo Ministro dos Assuntos Exteriores e Cooperação da República da Guiné Equatorial, Simeon Esono Angue, para um encontro de cortesia.
Na ocasião, as autoridades da Guiné Equatorial, manifestaram a sua intenção em continuar a aprofundar as relações com o nosso país, e, no caso particular com o Ministério da Agricultura e Pescas, tendo como base o acordo bilateral entre os dois países no domínio das Pescas, actualmente em vigor, após ter sido aprovado por Angola em Novembro de 2019.
Foi igualmente reiterado o interesse já manifesto em outras ocasiões, para a finalização do processo que culmine com o início dos vôos da TAAG Linhas Aéreas de Angola, na escala Luanda/ Malabo/ Luanda, permitindo assim que produtos agrícolas e outros “made in Angola”, possam facilmente chegar ao mercado local e regional, onde são muito apreciados pela sua qualidade.
Criada a 16 de Outubro de 1945, a FAO (da sigla em língua inglesa Food and Agriculture Organization), tem trabalhado durante estes 77 anos da sua existencia, na promoção do desenvolvimento da agricultura à nível mundial, promovendo as melhores vias que possibilitem a melhoria nutricional para as populações, tendo em atenção a segurança alimentar, preservação de questões ambientais, promovendo um acesso aos alimentos essenciais, para uma vida saudável.
Na importante missão de luta contra a fome a nível global, a FAO estabeleceu as seguintes estratégias: erradicação da fome em todos os países, a insegurança alimentar e a má nutrição; Contribuir para a erradicação da fome facilitando políticas e compromissos políticos em prol da segurança alimentar e assegurando que informações atualizadas sobre os desafios e soluções da fome e nutrição estejam disponíveis e acessíveis; Tornar a agricultura, a silvicultura e a pesca mais produtivas e sustentáveis; Promover práticas e políticas baseadas em evidências para apoiar sectores agrícolas altamente produtivos (lavouras, pecuária, silvicultura e pesca), assegurando que a base dos recursos naturais não sofra no processo; Reduzir a pobreza rural. Ajudar as populações rurais pobres a terem acesso aos recursos e serviços de que necessitam, incluindo emprego rural e proteção social, para saírem da pobreza; Criar e garantir a existência dos sistemas agrícolas e alimentares mais inclusivos e eficientes; Ajudar a construir sistemas alimentares seguros e eficientes que apoiam a agricultura familiar e reduzem a pobreza e a fome nas áreas rurais; Criar programas de apoio aos pobre e desfavorecidos e garantir metas de desenvolvimento da resiliência dos meios de subsistência às ameaças e às crises; e Ajudar os países a prepararem-se para catástrofes naturais ou de origem humana, reduzindo o risco e aumentando a resiliência dos seus sistemas agrícolas e alimentares.
Durante a Conferência, para além das intervenções nos vários painéis temáticos, estão igualmente previstos encontros de trabalho dos integrantes da Delegação de Angola, com representantes da FAO e de outras Delegações presentes.