A Secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, Aia-Eza Nacila Gomes da Silva, manifestou-se surpresa com a questão das dívidas, das Missões Diplomáticas angolanas, quando foram já disponibilizados quarenta e oito milhões de dólares, para a sua liquidação.
Segundo o Jornal de Angola, Aia-Eza Nacila Gomes da Silva respondia à preocupação, colocada pela presidente da Comissão de relações exteriores, cooperação internacional e comunidades angolanas da Assembleia Nacional, Josefina Pitra Diakité, durante a discussão, na especialidade, da proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2021.
Aia-Eza Nacila Gomes da Silva explicou, que acerca de dois anos, depois de o Presidente da República, João Lourenço, assumir funções, um dos primeiros dossiês que o Ministério das Relações Exteriores apresentou, foi a situação das dívidas das Missões Diplomáticas.
Segundo a Secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, a questão das alterações do câmbio, foi a justificação apresentada pelos responsáveis das Missões, salientando que se queixavam, também, do facto de o Ministério das Finanças fazer as transferências sempre em Kwanzas, que, transformados em dólares, eram quase nada.
Aia-Eza Nacila Gomes da Silva explicou, que a primeira solução, na altura, encontrada pelo Ministério das Finanças, foi redimensionar o processo, tendo em conta que a situação não ia melhorar tão cedo.
A governante explicou ainda, que foi feita a redução de pessoal, algumas Embaixadas foram fechadas, e o processo foi avançando, tendo-se apurado um montante em dívida de aproximadamente quarenta milhões de dólares.
De acordo com Aia-Eza Nacila Gomes da Silva, o Ministério das Finanças defendeu, na altura, que o importante era pagar e controlar a dívida.
Assim, foram constituídas equipas conjuntas entre o Ministério das Relações Exteriores e das Finanças, para certificar, verificar e pagar.
Contudo, segundo Aia-Eza Nacila Gomes da Silva, o dinheiro foi atribuído, com o compromisso das Missões justificarem, depois, os pagamentos feitos.
A governante frisou, entretanto, que muitas destas Missões nunca chegaram a justificar, na totalidade, os pagamentos, mas o dinheiro foi enviado.
Sobre o assunto, o economista angolano, Daniel Sapateiro, apresentou algumas soluções, para a eliminação, definitiva, destas dívidas cíclicas. Clique no áudio, em baixo, e saiba mais na reportagem:
Fonte: RNA – Jornalista Teresa Baião