As forças armadas sul-africas, do regime do Apartheid invadiram o sul de Angola, antes da independência, com o pretexto de perseguir os guerrilheiros da Swapo, mas com o objectivo principal de impedir a sua proclamação, lembrou, quarta-feira, 21/10, a RNA.
Pouco antes da proclamação da independência da República de Angola, continuaram a ganhar terreno, aproximando-se da capital do país, mas a 22 de Outubro de 1974, em plena invasão sul africana, o MPLA, e o governo colonialista português assinaram o acordo de Luameji.
Segundo o Coronel, Correia de Barros, a ideia era de abrir espaço para que, os movimentos angolanos de libertação resolvessem, internamente, as suas divergências, o que foi concretizado depois da vitória angolana sob as tropas sul-africanas na célebre batalha do Cuito Cuanavale.
“Isto levou as conversações que terminaram em Dezembro de 1988, com o acordo de Nova Iorque. É bom recordar que, esta vitória dos angolanos foi considerada por Nelson Mandela, como o ponto de viragem para libertação do continente e o povo sul-africano contra o Apartheid”, concluiu.
Aquela patente considerou, igualmente, que a referida vitória veio criar condições para resolver os problemas dos angolanos, por intermédio dos próprios angolanos, apesar de que, a guerra fratricida só tivesse terminado em 2002, com os acordos de Luena.
O coronel, Correia de Barros, do Centro de Estudos Estratégicos, alertou que, apesar de tendências ou focos de guerra fria pelo Mundo, nunca mais os angolanos sejam assolados por uma guerra como a que acabou no país.