
Angola passou hoje à RDC a Presidência rotativa da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos.
A transferência de poderes da região aconteceu durante a cimeira de Chefes de Estado e de Governo da região, que República Democrática do Congo acolheu .
O Presidente da República, João Lourenço, procedeu a transferência da presidência da CIRGL para o seu homólogo da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi .
Ao tomar a palavra durante a Cimeira, João Lourenço agradeceu a confiança depositada à Angola que presidiu à organização no último quinquênio e desejou êxitos a República Democrática do Congo que assumiu este sábado à presidência da organização.
João Lourenço afirmou que Angola fez tudo que esteve ao seu alcance para a resolução dos problemas mais sensíveis da região e defendeu o envolvimento de todos os estados membros na busca pela paz e a estabilidade na região.
O Chefe de Estado angolano disse também que a estabilidade regional só será possível se os líderes priorizarem os interesses dos povos e trabalharem para uma cooperação mais robusta entre as nações.
Ao proceder à transferência da presidência, João Lourenço expressou confiança na capacidade de Félix Tshisekedi para conduzir a organização, apesar dos desafios particulares que a RDC enfrenta no domínio da segurança interna.
A CIRGL, que reúne países da região dos Grandes Lagos, mantém como prioridades a promoção da paz, a estabilização política, a cooperação económica e o desenvolvimento sustentável.
A CIRGL é uma organização intergovernamental criada com base no reconhecimento da dimensão regional da instabilidade política e dos conflitos vividos nos Estados-membros da região e que requerem um esforço concertado para promover a paz e o desenvolvimento sustentáveis.
É constituída hoje por 12 países (Angola, Burundi, República Centro-Africana, Congo, RDC, Quénia, Uganda, Rwanda, Sudão do Sul, Sudão, Tanzânia e Zâmbia) que se reúnem em cimeira, ao nível de chefes de Estado e de Governo, de dois em dois anos.