A Ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, apresentou na sexta-feira(18), na sede da ONU, em Nova Iorque, o 2º Relatório Nacional Voluntário de Angola sobre a implementação da Agenda 2030, reiterando o compromisso internacional com o cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, para não deixar ninguém para trás.
Na ocasião, Maria do Rosário Bragança destacou a nova Estratégia de Longo Prazo, para o período 2025-2050, que se encontra alinhada com a Agenda 2030 das Nações Unidas e com a Agenda 2063 da União Africana.
Afirmou que o objectivo é de promover uma sociedade que valoriza e potencia o seu capital humano, uma infraestrutura moderna e competitiva e uma economia diversificada e próspera, um ecossistema resiliente e sustentável e uma nação aberta ao mundo, segura e com igualdade de oportunidades.
Salientou que estas prioridades estão a ser implementadas no quadro do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, com o foco no desenvolvimento do capital humano e na elevação dos níveis de segurança alimentar e nutricional.
Durante a sua intervenção, a Ministra de Estado para a Área Social informou que em 2024, Angola elaborou um estudo sobre a análise sistémica dos aceleradores dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, que identificou os sectores da saúde, educação, protecção social, agricultura, acção climática, água e saneamento como sendo os “aceleradores” dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável em Angola.
Na mesma senda, prosseguiu, foi elaborado o Mapa de Investimento Sustentável de Angola, que aponta as elevadas oportunidades de investimento nos sectores da alimentação e bebidas, educação, energia renováveis, infraestruturas, sector financeiro e serviços.
Maria do Rosário Bragança fez saber que durante os últimos anos, o país realizou investimentos relevantes no sector social, com realce para a saúde, que registou progressos significativos no que se refere à redução da mortalidade materna e de crianças menores de 5 anos.
Sublinhou que estes progressos impactaram positivamente a melhoria da esperança de vida à nascença, em decorrência da implementação do Programa de Expansão e Melhoria do Sistema Nacional de Saúde, bem como do aumento de unidades de saúde de referência de alta complexidade, fortalecendo deste modo o Serviço Nacional de Saúde.
Realçou que no domínio da igualdade de género, foram feitos avanços consideráveis para a promoção da igualdade de género em Angola, especialmente no que diz respeito à paridade de género, reflectida no aumento da representação das mulheres em lugares-chave do Governo, e no reforço do quadro legal, do qual se destaca a criação do Observatório do Género de Angola.
Segundo a responsável, a representação feminina em cargos políticos e de decisão registou uma evolução, os assentos parlamentares ocupados por mulheres aumentaram de 29,6% para 39,5%, e em cargos políticos passaram de 20,1% para 26,0%. Clique no áudio abaixo e ouça: