Angola faz história ao realizar a sua primeira telecirurgia robótica remota a partir dos EUA

Angola registou, este sábado, nos anais da sua história, um avanço significativo na modernização do Sistema Nacional de Saúde, ao realizar, no Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, em Luanda, a primeira cirurgia de prostatectomia radical, um procedimento cirúrgico para remover a próstata, que, neste caso, foi realizada por profissionais de saúde, entre nacionais e estrangeiros, através de um robô, na cidade de Orlando, Estados Unidos da América, a uma distância de 17 mil quilómetros.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, destacou a iniciativa como um marco histórico, tendo enfatizado que, no país, nunca se realizou uma cirurgia a esta distância.

Sílvia Lutucuta explicou que os controlos do robô e o cirurgião estavam em Orlando, enquanto, localmente, estiveram as equipas cirúrgicas de apoio, compostas por médicos e enfermeiros especializados em anestesia, circulantes e instrumentistas, que participaram do processo.

Há mais de três meses, o Ministério da Saúde realizou a primeira telecirurgia a partir do edifício anexo do Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, e, hoje, o sector reforçou o seu próprio recorde ao alcançar a cirurgia à distância a partir dos Estados Unidos da América.

A ministra referiu, por outro lado, que este feito vem estimular os resultados da evolução tecnológica que o país tem testemunhado nos últimos anos, com maior conectividade, numa altura em que encerrou hoje o ANGOTIC 2025, com destaque para a aplicação prática das tecnologias de informação.