
Um grupo de 59 sul-africanos brancos chegou aos EUA com estatuto de refugiado, ao abrigo de um programa da administração Trump que alegava perseguição e “genocídio” contra agricultores brancos na África do Sul. O grupo, composto por afrikaners — descendentes de colonos europeus — foi recebido por autoridades americanas no aeroporto de Dulles.
O governo sul-africano rejeita essas alegações, afirmando que não há perseguição que justifique o estatuto de refugiado. Organizações como a Human Rights Watch criticaram a medida, apontando discriminação racial e destacando que outros pedidos de asilo, inclusive de zonas de guerra, foram suspensos.
O processo de acolhimento desses sul-africanos foi incomumente rápido e ocorreu sem o envolvimento da ACNUR, o que é atípico. Trump justificou a decisão com base na violência contra agricultores brancos, enquanto o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, negou a existência de genocídio e afirmou que os critérios legais para refúgio não se aplicam ao caso.
O tema está ligado à política agrária sul-africana, que busca redistribuir terras historicamente concentradas por brancos, ainda que nenhuma propriedade tenha sido confiscada até então. Elon Musk, aliado de Trump, também acusou o governo sul-africano de práticas racistas.