O Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) escolhe esta sexta-feira o candidato à sucessão de Filipe Nyusi como Presidente da República em outubro, mas a lista com três nomes a propor pela comissão política continua por fechar.
“Havia muitos nomes e o debate foi aceso. Trata-se de uma matéria de uma grande importância e de uma grande responsabilidade”, disse aos jornalistas, Francisco Mucanheia, da comissão política da Frelimo, órgão que esteve ontem reunido em Maputo.
Mucanheia esclareceu igualmente que a sessão extraordinária do Comité Central, que vai decorrer na Matola, arredores de Maputo, inicialmente agendada para as 09:00 locais, tem como ponto único a eleição do candidato do partido a Presidente da República nas eleições gerais de 09 de outubro, às quais já não pode concorrer Filipe Nyusi, também líder da Frelimo, por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos como chefe de Estado.
“Em princípio têm que ser três nomes [a propor ao Comité Central]. Vamos evitar alargar”, clarificou, garantindo que os nomes ainda em debate são “vários” e “não são necessariamente só aqueles que são divulgados”.
Embora não haja oficialmente qualquer lista de pré-candidatos, na comunicação social local o destaque vai para o alegado interesse de figuras como José Pacheco, membro do Comité Central que ocupou diversas funções em governos anteriores, Celso Correia, actual ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, e Alberto Vaquina, antigo primeiro-ministro, bem como Samora Machel Júnior, filho do primeiro Presidente moçambicano (Samora Machel), ou o deputado Gabriel Júnior, que é dono de um canal televisivo privado.
O prazo limite para apresentação ao Conselho Constitucional das listas de candidatos a Presidente da República nas eleições de outubro é 10 de junho.
Moçambique vai realizar em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais e legislativas, as segundas para os governadores provinciais e as quartas para as assembleias provinciais.