A justiça espanhola aceitou que Dani Alves aguarde em liberdade o seu recurso à condenação por violação, mediante o pagamento da caução de um milhão de euros, o que ainda não foi efetuado, medida que é acompanhada da apreensão dos passaportes, brasileiro e espanhol.
Agora, a Procuradoria Provincial de Barcelona anunciou um recurso da decisão de libertar Dani Alves, salientando que se mantêm os motivos pelos quais foi adotada a prisão preventiva em janeiro de 2023.
“Ainda mais tendo em conta os recursos interpostos pelo Ministério Público e pela acusação particular e o horizonte penal que o arguido enfrenta é de até 12 anos de prisão”, explica em comunicado.
Por isso, entende que a prisão preventiva deve ser prolongada até metade da pena imposta na sentença, ou seja, dois anos e três meses.
“Existe um elevado risco de fuga, que entendemos não poder ser atenuado com as medidas alternativas previstas no despacho recorrido, tendo em conta a falta de raízes do Sr. Alves no nosso país, e as raízes existentes com o seu país de origem [Brasil] país que não extradita nacionais em crimes de agressão sexual, e dada a sua elevada capacidade económica, o que implica que o risco de fuga não é atenuado pelo depósito da fiança”, insiste a Procuradoria Provincial de Barcelona.
O futebolista ainda não conseguiu pagar a caução de um milhão de euros que lhe foi imposta na passada quarta-feira pelo Tribunal de Barcelona para poder ser libertado sob fiança, pelo que terá de permanecer na prisão durante todo o fim de semana.
Dani Alves, que jogou no FC Barcelona, no Paris Saint-Germain e na Juventus, entre outros, é acusado de ter violado a jovem na casa de banho de uma discoteca, em dezembro de 2022, embora o jogador, que apresentou diversas versões para o sucedido, tenha defendido que as relações foram consensuais.