O candidato presidencial, Fernando Dias da Costa, e o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, foram detidos nesta quarta-feira, 26 de Novembro, e levados para a base Aérea de Bissau. A informação foi confirmada à RFI pelo antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, que acrescenta que a detenção de Umaro Sissoco Embalo “é uma encenação” para impedir a proclamação dos resultados eleitorais.
Perto do meio-dia desta quarta-feira, registaram-se tiros junto ao Palácio Nacional e na sede da Comissão Nacional de Eleições, em Bissau. Logo após estes disparos, a publicação Jeune Afrique avançou que militares se teriam dirigido ao palácio para deter o Presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló.
A RFI conseguiu ainda apurar que milícias armadas assaltaram a sede de campanha do candidato presidencial Fernando Dias da Costa que viria a ser detido juntamento com Domingos Simões Pereira e levados para a Base Aérea em Bissau.
Horas depois, os militares anunciaram que iriam assumir o “controlo total do país”, “suspenderiam o processo eleitoral” e fechariam as fronteiras.
O antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, confirmou à RFI a detenção do candidato presidencial, Fernando Dias da Costa, e do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e afirma que quem assumiu o poder na Guiné-Bissau “são homens armados, mas gente do Sissoco”, sublinhando que o que está a acontecer no país “é uma encenação para dar a impressão de que estaria em curso um golpe de Estado”.
O antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau referiu que “já havia conhecimento de que havia um plano de encenação que visa impedir a proclamação dos resultados eleitorais amanhã”, acrescentando que “Não seria de admirar se eles conservem na prisão os líderes da oposição e libertem o Sissoco, dizendo que ele ganhou as eleições”.
Fonte: RFI