“Gostaria de assegurar ao consulado [dos EUA] que estou muito satisfeito com o cancelamento do meu visto”, disse o famoso dramaturgo e autor nigeriano, em conferência de imprensa.
No início deste ano, o escritor havia informado que havia sido convocado pelo consulado norte-americano para uma entrevista no âmbito da renovação do seu visto.
De acordo com uma carta enviada pelo consulado, os responsáveis citaram os regulamentos do Departamento de Estado que permitem “cancelar um visto de não imigrante a qualquer momento, a seu critério”.
Ao ler a carta para os jornalistas em Lagos, a capital económica da Nigéria, o Nobel afirmou que os responsáveis lhe pediram para levar o seu passaporte ao consulado para que o seu visto pudesse ser cancelado.
O dramaturgo, de 91 anos, lecionou e recebeu distinções de grandes universidades norte-americanas, incluindo Harvard e Cornell.
A administração Trump fez da anulação de vistos um elemento-chave da sua luta contra a imigração, visando especialmente estudantes que se manifestavam a favor dos direitos palestinianos.
Contactada pela AFP, a Embaixada dos Estados Unidos em Abuja recusou-se a comentar o assunto.
