Os conflitos no Sudão provocaram o nível mais grave de insegurança alimentar aguda, Fase 5, na classificação da organização a pelo menos 24 milhões de pessoas e, no Sudão do Sul, em algumas áreas do país cerca de 57% da população está em risco de fome. No Sudão a situação é alarmante, tendo sido declarada fome em cinco áreas do país, pelo Comité de Revisão da Fome, com 17 outras áreas em risco de fome e projeções a indicarem um alastramento para outras cinco áreas no norte de Darfur.
O país, que enfrenta também surtos de cólera, já antes do conflito estava entre os países com as piores crises alimentares do mundo, sendo que, em 2025, a guerra e a crise económica agravaram a crise nutricional e provocaram o maior número de pessoas que enfrentam fome.
Em agosto de 2025, além do Sudão também a Nigéria e a República Democrática do Congo tinham o número mais elevado de pessoas a enfrentarem níveis elevados de insegurança alimentar aguda.
O relatório aponta para uma deterioração da insegurança alimentar aguda em 14 países desde 2024, incluindo na RDC e no Sudão do Sul, devido a conflitos e insegurança, e na Guiné-Conacri e no Senegal, devido a inundações e a crises económicas.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) estimou que vai ajudar cerca de 16,7 milhões de pessoas a menos em 2025 do que em 2024, o que representa uma redução de 21%, sendo que mais de 10 milhões dessas pessoas estão na Somália e Etiópia.