Na véspera do encontro, uma nova ronda de negociações indiretas entre Israel e o Hamas teve início no Qatar. Em cima da mesa está neste momento uma proposta patrocinada por Washington – que teve o aval inicial de Telavive e do grupo radical palestiniano – que prevê um cessar-fogo de 60 dias, a libertação dez reféns israelitas vivos e a devolução de 18 corpos e o envio imediato de ajuda humanitária para o enclave.
Trump, um reconhecido aliado de Netanyahu, fez saber nos últimos dias que pretende ser “muito firme” com o líder israelita para garantir um acordo de cessar-fogo em Gaza, onde a ofensiva das forças israelitas contra o Hamas já fez mais de 57 mil mortos e provocou uma grave crise humanitária desde outubro de 2023.
À partida para os Estados Unidos, Benjamin Netanyahu admitiu que o encontro com Donald Trump poderá contribuir para a conclusão de um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza. No mesmo sentido, o Presidente dos Estados Unidos considerou, no domingo, haver “boas hipóteses” para chegar a um acordo durante a semana.
Irão, Síria e um acordo comercial entre Israel e os Estados Unidos serão outros temas na agenda desta visita de Netanyahu a Washington, a terceira desde o início do ano.
Na capital federal norte-americana, o líder israelita tenciona ter contactos com outros representantes da administração Trump, como é o caso de J.D. Vance (vice-presidente), Marco Rubio (diplomacia), Pete Hegseth (defesa), Howard Lutnick (comércio) e do enviado da Casa Branca para o Médio Oriente, Steve Witkoff.