
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou hoje, em Roma, o Corredor do Lobito como o melhor exemplo da cooperação estratégica entre a Europa e África, sublinhando os seus impactos positivos na economia angolana e regional.
Durante a cimeira “Plano Mattei para África e o Portal de Entrada Global”, co-presidida pela responsável europeia e pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, Von der Leyen enfatizou a importância do investimento em infraestruturas modernas como ferramenta de desenvolvimento conjunto e sustentável.
“A nossa parceria com África está mais alinhada do que nunca. O Corredor do Lobito é um símbolo do que podemos alcançar juntos: desenvolvimento económico, capacitação local e integração regional”, afirmou.
Angola está representada no evento por uma delegação liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, em representação do Presidente João Lourenço. A cimeira conta ainda com a presença de líderes da Zâmbia, República Democrática do Congo e Tanzânia, além de representantes de instituições como o FMI, Banco Mundial e BAD.
Von der Leyen defendeu o alinhamento entre o Plano Mattei, promovido por Itália, e a iniciativa europeia “Global Gateway”, que prevê um pacote de investimento de 150 mil milhões de euros para África, sublinhando que ambos visam enfrentar desafios comuns e criar oportunidades partilhadas.
Referindo-se ao Corredor do Lobito – uma linha ferroviária de 830 quilómetros que liga Angola à RDC e à Zâmbia – a líder europeia anunciou a assinatura de três novos acordos de financiamento com Angola, que incluem apoio à formação profissional, escoamento de produtos agrícolas e promoção do turismo ao longo do corredor.
“Este investimento não se resume a caminhos-de-ferro. Envolve a formação de trabalhadores locais, a dinamização das economias locais e o fortalecimento das cadeias de valor em toda a região”, reforçou Von der Leyen.
O projecto foi inicialmente lançado na Cimeira do G20 em 2023 e é apontado como uma infraestrutura-chave para transformar Angola num centro logístico regional, impulsionando o comércio, o emprego e a integração económica.