Israel adiantou que entraram em Gaza 100 camiões de ajuda humanitária da ONU, depois de ter permitido a passagem para o enclave palestiniano de 93 camiões no dia anterior e de cerca de dez na segunda-feira.
A ONU indicou, por sua vez, que cinco camiões que transportavam ajuda entraram em Gaza na segunda-feira, enquanto Israel referiu que outros 93 o fizeram na terça-feira.
Em dois dias, cerca de 100 camiões entraram no enclave para abastecer uma população de cerca de 2,1 milhões de pessoas, em comparação com cerca de 500 antes da guerra, o que já era insuficiente para as organizações humanitárias.
Netanyahu advertiu, entretanto, ser preciso “evitar uma crise humanitária” para manter “a liberdade operacional de ação” dos militares israelitas, alegando que a intensificação dos ataques e as restrições à entrada de ajuda aos habitantes do território provocaram uma vaga de condenação internacional.
Na conferência de imprensa, a primeira em cinco meses, o líder israelita reiterou igualmente que a população da Faixa de Gaza está a ser transferida para sul, à medida que os militares vão assumindo o controlo do território.
Benjamin Netanyahu insistiu que Israel implementará o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para a Faixa de Gaza quando a guerra terminar, o que condicionou à expulsão do Hamas do enclave e se houver “condições claras que garantam a segurança de Israel”, além da libertação dos reféns detidos no enclave desde outubro de 2023.
O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.