
O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, orientou esta segunda-feira, em Luanda, a criação de um grupo de trabalho destinado a reunir informações suficientes para a resolução das principais preocupações apresentadas pelos actores do sector imobiliário privado em Angola.
A decisão foi anunciada pelo secretário executivo do Conselho Nacional das Obras Públicas, António Resende, no final da segunda Reunião Ordinária do Plenário do Conselho Nacional de Obras Públicas. O grupo de trabalho terá 30 dias para realizar um levantamento exaustivo das questões identificadas e um prazo adicional de 90 dias para apresentar um relatório detalhado que será posteriormente discutido.
Entre os principais problemas destacados estão a legalização e invasão de terrenos, a fraca articulação entre o sector privado e o público, bem como limitações nas infra-estruturas básicas como abastecimento de água, fornecimento de energia e acessibilidade.
A representante da empresa Hemera Capital Partners, Joana Pinheiro, considerou o encontro produtivo, sublinhando a abertura do Governo em ouvir os operadores privados e trabalhar em conjunto para a superação dos desafios existentes.
Já Gideoni André, representante das empresas Promoveis e Tecnogide, defendeu a criação e aprovação de Planos Nacionais de Infra-estruturas, Requalificação, Conservação e Ordenamento do Território. Segundo o responsável, tais medidas irão reforçar o contributo do sector privado e ajudar a responder à elevada procura por habitação condigna no país.
O encontro marcou mais um passo na busca de soluções conjuntas entre o Governo e os promotores imobiliários, visando o desenvolvimento sustentável do sector e a melhoria das condições habitacionais em Angola.