Agricultores e criadores de gado das províncias do Namibe, Huíla, Cunene e Benguela manifestaram a sua total disponibilidade para colaborar com o Executivo na redução das importações de alimentos, defendendo um maior aproveitamento da produção nacional.
Francisco Lumbamba, pecuarista da província do Cunene, defende a aprovação de uma legislação que proíba a importação de carne, bem como o abate informal de animais para consumo, como forma de valorizar a produção local e garantir padrões sanitários adequados.
Por sua vez, o coordenador dos avicultores do sul de Angola, Miguel Kalunga, destacou os avanços registados no setor, sublinhando que, nos últimos cinco anos, o Ministério da Agricultura distribuiu cerca de três milhões de pintos para o fomento da avicultura, o que tem contribuído para o equilíbrio entre a oferta e a procura desses produtos.
Já o empresário agropecuário Felisberto Tchapinga, da província do Namibe, apontou a necessidade de maior acesso ao financiamento para o sector, sublinhando que, com mais recursos, os produtores locais poderão expandir as suas actividades e contribuir de forma mais efectiva para o desenvolvimento económico do país.
Entretanto, a Feira Agropecuária e Leilão de Gado, realizada no município do Saco-Mar e que contou com a participação das quatro províncias, encerrou neste sábado, 12 de abril, com um balanço positivo.
Segundo João Ernesto dos Santos, presidente da Cooperativa dos Pecuaristas do Namibe, o leilão rendeu mais de cinquenta milhões de kwanzas, um resultado considerado satisfatório para a realidade económica da província.
Por: Elias Guito