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Putin quer arrastar a guerra com “administração de transição”

todayMarço 28, 2025 23

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje o homólogo russo, Vladimir Putin, de estar a tentar arrastar a guerra na Ucrânia, ao levantar a ideia de uma “administração de transição” para Kyiv, sob a égide da ONU.

Zelensky indicou, por outro lado, ter recebido dos Estados Unidos uma nova versão do acordo sobre os minerais estratégicos da Ucrânia, aos quais Washington pretende ter acesso.

“A parte ucraniana (…) recebeu hoje oficialmente as propostas norte-americanas numa nota”, disse o chefe de Estado ucraniano na mesma conferência de imprensa, sem dar pormenores sobre a nova versão, que, segundo os meios de comunicação social, é muito desfavorável à Ucrânia.

Putin propôs hoje uma administração de transição para a Ucrânia sob a égide da ONU, o que implicaria o afastamento de Zelensky, antes de quaisquer negociações de paz.

Falando à tripulação de um submarino nuclear russo em Murmansk (noroeste), Putin reafirmou que Zelensky, cujo mandato expirou no ano passado, não tem legitimidade para assinar um acordo de paz.

A Constituição ucraniana proíbe a realização de eleições enquanto a Ucrânia estiver sob lei marcial, que está em vigor desde que a Rússia invadiu o país, em fevereiro de 2022.

Putin afirmou que qualquer acordo assinado com o atual governo ucraniano poderá ser contestado pelos seus sucessores.

“Sob os auspícios das Nações Unidas, com os Estados Unidos, mesmo com os países europeus, e, claro, com os nossos parceiros e amigos, poderíamos discutir a possibilidade de introduzir uma governação temporária na Ucrânia”, disse Putin, citado pela agência norte-americana AP.

Tal solução, segundo Putin, permitiria à Ucrânia “realizar eleições democráticas, levar ao poder um governo viável que gozasse da confiança do povo e, em seguida, iniciar negociações com eles [as novas autoridades] sobre um tratado de paz”.

Os comentários de Putin surgiram horas depois de uma cimeira organizada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, que avaliou planos para enviar tropas para a Ucrânia para cimentar um eventual acordo de paz.

Macron disse no final da cimeira de quinta-feira em Paris que vários países concordaram em fazer parte da força ao lado da França e do Reino Unido. Uma missão franco-britânica deverá deslocar-se à Ucrânia “nos próximos dias”, segundo Macron.

Editor: António Augusto

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