O Decreto assinado pelo governante republicado retira os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU, um órgão do qual não é um Estado-membro, mas apenas observador, visando proibir qualquer envolvimento futuro de Washington no organismo, embora o mecanismo exato de retirada como Estado observador permaneça incerto.
O texto alarga ainda a suspensão de todo o financiamento norte-americano à agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA). Os Estados Unidos e vários outros países suspenderam as suas contribuições financeiras para esta agência após acusações de Israel, em janeiro de 2024, de que alguns funcionários da organização tinham participado nos ataques do Hamas, em 07 de outubro de 2023, a território israelita.
Num comunicado divulgado antes da assinatura, a Casa Branca destacou que o Conselho de Direitos Humanos da ONU “demonstrou um preconceito consistente contra Israel” e permitiu que países como o Irão, a China e Cuba o utilizassem para se protegerem, apesar dos seus graves problemas de direitos humanos.
Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), Trump já tinha retirado os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o principal fórum interestatal de debate sobre direitos humanos dentro das Nações Unidas. Washington voltou a integrar o organismo logo após Joe Biden ter assumido o cargo, em janeiro de 2021.