O Gana elegeu sem sobressaltos o candidato da oposição John Dramani Mahama como novo Presidente, tendo o seu opositor já reconhecido a sua derrota neste país sul-africano com 34 milhões de habitantes.
O vice-presidente do Gana, Mahamudu Bawumia, candidato do Novo Partido Patriótico (NPP), reconheceu esta manhã a sua derrota nas eleições que decorreram sábado e informou ter dado já os parabéns ao vencedor.
“O povo do Gana falou, votou a favor da mudança e nós respeitamos isso com toda a humildade”, disse Bawumia, numa conferência de imprensa em Acra, cujas ruas começavam a encher-se de apoiantes de Mahama para alegres festejos.
Na sua conta na rede social X (antigo Twitter), Mahama, de 66 anos, que já foi presidente do Gana de 2013 a 2017, confirmou ter recebido uma chamada de felicitações do seu oponente.
Apesar de a comissão eleitoral ainda não ter anunciado quaisquer resultados oficiais, os dados recolhidos pelo partido do vencedor apontam para uma vitória confortável.
O novo presidente, do Congresso Democrático Nacional (NDC) irá suceder a Nana Akufo-Addo, que termina agora o seu segundo mandato.
Na votação presidencial de sábado, os eleitores, que também elegeram os seus deputados, escolheram entre dois candidatos num contexto de uma inflação e uma dívida elevada.
O país teve de recorrer a um empréstimo de três mil milhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Principal produtor de ouro do continente e grande exportador de cacau, este estado da África Ocidental é considerado um investidor privilegiado no continente e um modelo de estabilidade numa região abalada por recentes golpes de estado, desafios constitucionais e insurreições.
Anteriormente, o vice-comissário da Comissão Eleitoral, Bossman Asare, tinha notado a contagem em curso e que os resultados regionais ainda não tinham chegado ao centro nacional.
A comissão disse que os resultados oficiais provavelmente estariam disponíveis apenas na terça-feira.
Os dois principais partidos do Gana, o NPP e o NDC, têm alternado no poder desde o regresso à política multipartidária em 1992.