Em declarações à imprensa, no final da cerimónia onde tomou posse como conselheiro do Presidente da República , Abel Chivukuvuku foi questionado sobre o futuro da Frente Patriótica Unida (FPU), que integra a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o PRA-JA Servir Angola e o Bloco Democrático, afirmando que o seu partido recentemente legalizado vai continuar a fazer parte desta plataforma política, criada nas eleições gerais de 2022.
Segundo Abel Chivukukuvuku, depois de vários chumbos do Tribunal Constitucional, o PRA-JA Servir Angola foi legalizado dentro das normas legais da Constituição da República, bem como da lei dos partidos políticos.
“É do conhecimento geral que a Frente Patriótica Unida é constituída por três dimensões, a UNITA, partido legal há muitas décadas, Bloco Democrático, também partido legal há alguns anos, e o PRA-JA Servir Angola.”, disse.
O político reafirmou que o PRA-JA Servir Angola, agora partido político, continua a ser parte da FPU, considerando legítimas as opiniões de que com a legalização desta força política, a plataforma fica fragilizada.
“Não se pode travar os que querem pensar, é legítimo, e em democracia é livre que pensem assim, agora o que vai contar são os factos e a realidade”, declarou.
Abel Chivukuvuku, que foi também militante da UNITA, de onde saiu para liderar a CASA-CE, frisou, por outro lado, que o país atravessa muitas dificuldades, “tanto do ponto de vista político, como do ponto de vista económico e sobretudo social”.
“É para ali que é preciso que todas as sinergias, ideias, sugestões válidas, sejam trazidas aos órgãos para concorrermos para a melhoria da condição de vida dos nossos cidadãos. É este o propósito, servir Angola”, referiu, lembrando ainda que já fez parte deste órgão de 2012 a 2019 por inerência, quando foi líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola — Coligação Eleitoral (CASA-CE), fazendo agora parte do Conselho por indicação do chefe de Estado.
O Chefe de Estado, João Lourenço, disse que quer contar com a experiência política de Abel Chivukuvuku para ajudar a “superar os grandes desafios” que o país tem.
Abel Chivukuvuku tornou-se membro do Conselho da República, na sequência de uma vaga aberta pela morte do conselheiro Ismael Mateus.