O Prémio Nobel da Física foi esta terça-feira atribuído pela Real Academia Sueca de Ciências a John J. Hopfield e Geoffrey E. Hinton, distinguindo “descobertas e invenções fundamentais que permitem a aprendizagem de máquinas através de redes neurais artificiais”.
Os investigadores laureados aplicaram “ferramentas da física para desenvolver métodos que são a base do poderoso conhecimento da máquina de hoje – machine-learning“.
John Hopfield criou uma memória associativa que pode armazenar e reconstruir imagens e outros tipos de padrões em dados. Geoffrey Hinton inventou um método que pode encontrar propriedades em dados de forma autónoma e, assim, executar tarefas como identificar elementos específicos em imagens.
Quando se fala sobre inteligência artificial, geralmente implica a capacidade de aprendizagem de uma máquina que usa redes neurais artificiais. Essa tecnologia foi originalmente inspirada pela estrutura do cérebro.
Numa rede neural artificial, os neurónios do cérebro são representados por nós, humanos, que revelam ter valores diferentes. Esses diferentes nós tem a capacidade de influenciar uns e outros através de ligações que podem ser fortalecidas ou enfraquecidas. Estas ligações podem ser comparadas a sinapses – zonas ativas de contato entre uma terminação nervosa e outros neurónios, células musculares ou células glandulares.
A rede é treinada, por exemplo, para desenvolver ligações mais fortes entre os humanos com valores simultaneamente altos.
Os laureados deste ano desenvolvem investigação sobre redes neurais artificiais desde a década de 1980.