“Na última hora, lançámos um ataque em grande escala no sul do Líbano depois de identificarmos os preparativos do Hezbollah para disparar contra território israelita”, disse o porta-voz do exército israelita, o contra-almirante Daniel Hagari, durante uma conferência de imprensa este sábado, acrescentando que “dezenas de aviões da Força Aérea” estão envolvidos nestas operações.
Ao início deste sábado, o exército israelita disse ter atingido milhares de lançadores de rockets do Hezbollah e outros alvos no Líbano.
“No total, hoje atingimos aproximadamente 400 lançadores do Hezbollah”, disse Hagari, acrescentando que Israel está “a atacar metodologicamente, destruindo cada vez mais as capacidades militares do Hezbollah e eliminando comandantes e terroristas”.
Num comunicado separado este sábado, os militares israelitas anunciaram que iriam reforçar as restrições ao movimento de pessoas no norte de Israel como medida de segurança perante o risco de ataques por parte do Líbano.
Líbano debaixo de fogo
O ataque acontece um dia depois de o Líbano ter sofrido o pior ataque de Israel em quase duas décadas, que matou pelo menos 37 pessoas, incluindo dois comandantes do Hezbollah.
O Hezbollah – que tem apoiado o Hamas na guerra contra Israel – tem sido alvo de vários ataques esta semana.
Na terça e quarta-feira, dispositivos de transmissão usados por membros do Hezbollah – pagers e walkie-talkies – explodiram nos subúrbios a sul de Beirute, bem como no sul e leste do Líbano. No total, 39 pessoas foram mortas e perto de três mil ficaram feridas segundo as autoridades libanesas.
O grupo xiita libanês e as autoridades libanesas acusam Israel de ser responsável por estes ataques. Telavive, por sua vez, ainda não se pronunciou.