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Conselheiro diz que PR guineense “tem protegido” ordem constitucional

todayAgosto 26, 2024 29

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O conselheiro político do Presidente guineense, Fernando Delfim da Silva, defendeu hoje que Umaro Sissoco Embaló “tem protegido a integridade política” do Estado e a ordem constitucional, daí a ausência de golpes militares no país desde 2020.
Antigo chefe da diplomacia guineense, Delfim da Silva fez a observação numa reação, no palácio da República, em Bissau, às declarações do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, segundo as quais a Guiné-Bissau “passou de golpes de Estado para golpes presidenciais”.

Em entrevista à agência Lusa em Díli, a propósito dos 25 anos do referendo que levou à independência de Timor-Leste, que se assinalam em 30 de agosto, o chefe do Governo timorense referiu que a situação que se verifica desde há uma década na Guiné-Bissau “é uma ameaça real à democracia”.

Para o conselheiro político do chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló “mudou o paradigma securitário” do país, desde que chegou à presidência em 2020, um facto que poderá não ser do conhecimento de Xanana Gusmão, disse.

“A sua determinação muito forte de proteger a integridade política do Estado que passa pelo imperativo, de ele próprio, como chefe de Estado, e por conseguinte, garante da ordem constitucional, não permitir em nenhum momento que o Estado de direito democrático seja posto em causa”, declarou Delfim da silva.

Na perspetiva do conselheiro político do Presidente guineense, o trabalho de Sissoco Embaló, “é uma novidade e histórico”, por conseguir evitar tentativas de golpes militares desde 2020.

“Ergueu-se, pela primeira vez, nos últimos 30 anos, uma forte barreira institucional de prevenção contra os golpes de Estado que corresponde a uma rotura institucional com um passado tão marcado negativamente por recorrentes mudanças inconstitucionais”, afirmou Delfim da Silva.

O responsável guineense exorta o primeiro-ministro timorense a lembrar-se da história, nomeadamente, o facto de combatentes do seu país terem sido formados na Guiné-Bissau por causa da sua luta armada.

Delfim da Silva considera que Xanana Gusmão “já não se lembra de muitas coisas”, evocando que a luta de libertação nacional na Guiné-Bissau serviu de símbolo de motivação para os timorenses.

“Enfim, é todo esse passado de amizade e de respeito que alguns timorenses estão agora a tentar manchar por causa desse seu atrevimento de querer intrometer-se nos assuntos internos da Guiné-Bissau, de quererem dar-nos lições. Lições de Mari Alkatiri, de Xanana Gusmão não. Não as vamos tolerar”, destacou.

A menção a Alkatiri, ex-primeiro-ministro e secretário-geral Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), surge também após uma entrevista à Lusa em que este argumentou que a Guiné-Bissau não tem condições de acolher, em 2025, a cimeira e a presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“A força que atua na Guiné-Bissau”, que, “toda a gente sabe, é a droga”, defendeu ainda Mari Alkatiri, com Delfim da Silva a a afirmar que se tratavam de declarações de “um ingrato”.

Delfim da Silva voltou a frisar que se a Guiné-Bissau já organizou “com êxito”, em Bissau, as cimeiras de líderes da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) terá todas as condições para acolher a da CPLP.

O conselheiro do Presidente guineense notou, contudo, que a Guiné-Bissau nunca fez questão de assumir a presidência rotativa da comunidade lusófona.

“O Presidente, Umaro Sissoco Embaló, nunca brigou para trazer para a Guiné-Bissau a presidência da CPLP. Esteve sempre disponível para ceder e permitir que um outro país irmão se passasse para a frente de acordo com as suas próprias conveniências”, esclareceu Delfim da Silva.

A Guiné-Bissau deve assumir, em 2025, a presidência rotativa e acolher a cimeira de líderes da CPLP.

Editor: Carla

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