“Em memória de Silvio Santos, decreto luto oficial de 3 dias no Brasil”, escreveu Luiz Inácio Lula da Silva na rede social X (antigo Twitter).
O Presidente brasileiro já havia escrito uma outra mensagem em homenagem a Sílvio Santos, na qual lembrou que o empresário carioca “foi um empreendedor que iniciou sua vida como vendedor ambulante e construiu uma grande rede de TV e empresas dos mais diversos setores: financeiro, industrial e de comércio”.
“Com seu talento e carisma lançou e deu apoio a muitos talentos da televisão, do humor e do jornalismo. Era uma das pessoas mais conhecidas e queridas do nosso país. Ao longo dos anos, nos encontramos em programas de TV, reuniões e conversas, sempre com respeito e carinho”, acrescentou.
Lula da Silva afirmou ainda que a morte de Sílvio Santos deixou “um vazio na televisão dos brasileiros e marca o fim de uma era na comunicação do país, e manifestou solidariedade à família e aos admiradores do empresário e apresentador.
No sábado, o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, disse que Silvio Santos morreu de broncopneumonia resultante de uma infeção por H1N1, motivo pelo qual estava internado nas últimas semanas.
Conhecido por gritar a pergunta “Quem quer dinheiro?”, antes de atirar notas dobradas em formato de avião para o público, Silvio Santos criou diversos programas de televisão.
Destaca-se o “Programa Silvio Santos”, um dos mais antigos do país, que apresentava desde 1963 e que nos últimos anos ia para o ar nas noites de domingo.
Silvio Santos, nome artístico pelo qual ficou conhecido, nasceu em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro, com o nome de Senor Abravanel. Era filho de um casal de judeus sefarditas greco-turcos que migraram para o Brasil após o fim do Império Otomano.
Começou a carreira na rádio na década de 1940, mas foi na televisão que alcançou fama e sucesso imediatos, quando estreou o primeiro programa de variedades em 1961, “Vamos brincar de forca”, na TV Paulista.
Dois anos depois, o programa passou a chamar-se “Programa Silvio Santos” e permanece no ar desde então, passando por emissoras como Globo, Tupí, Record e SBT, canal que o apresentador fundou em 1981.
Construiu um império mediático no Brasil e uma ampla gama de empresas de diversos ramos, como bancário, construção e cosméticos.
Ao longo da carreira, recebeu diversos prémios e homenagens pela contribuição para o entretenimento e para a televisão brasileira, incluindo a Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo Governo em 2012.
Em 1989, tentou usar a sua popularidade para se apresentar como candidato às eleições presidenciais, chegando a liderar as sondagens de intenção de voto, mas a candidatura foi cancelada por decisão judicial devido a erros no registo da sua força política, o Partido Municipalista Brasileiro.