Os líderes dos três países afirmaram numa declaração conjunta que “os combates devem cessar imediatamente e todos os reféns ainda detidos pelo Hamas devem ser libertados”.
A declaração é assinada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, e pelos chefes dos governos alemão, Olaf Scholz, e britânico, Keir Starmer.
Os três líderes apoiaram o apelo dos homólogos dos Estados Unidos, Egito e Qatar – mediadores do conflito – “para o reinício imediato das negociações” entre Israel e o grupo extremista palestiniano Hamas, numa reunião agendada para 15 de agosto.
Dez meses após o ataque do Hamas em Israel que provocou cerca de 1.200 mortos em 07 de outubro, a ofensiva de retaliação de Israel fez quase 39.800 mortos na Faixa de Gaza.
O Hamas e outros grupos palestinianos extremistas mantêm 111 pessoas como reféns, 39 das quais mortas, segundo o exército israelita, citado pela agência francesa AFP.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu o resgate de todos os reféns, incluindo os mortos.
Macron, Scholz e Starmer concordaram que “não pode haver mais atrasos” nas negociações para um cessar-fogo.
“A população de Gaza necessita de uma ajuda urgente e sem demora”, disseram na declaração divulgada nas redes sociais.
Afirmaram também estar “profundamente preocupados com o agravamento das tensões na região”.
O conflito adquiriu uma nova dimensão com os assassinatos, em julho, do chefe militar do Hezbollah libanês, Fouad Chokr, perto de Beirute, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão.
O regime iraniano afirmou que tinha “o direito legal de punir” Israel pela morte de Haniyeh, que não foi reivindicada, por ter sido cometida no seu território.
Para Paris, Londres e Berlim, “nenhum país ou nação tem a ganhar com uma nova escalada no Médio Oriente”.
“Apelamos ao Irão e aos seus aliados para se absterem de ataques que agravem ainda mais as tensões regionais e comprometam a possibilidade de alcançar um cessar-fogo e a libertação dos reféns”, pediram os três líderes europeus.
Consideraram que o Irão e os seus aliados, como o Hezbollah libanês e os Huthis do Iémen, “serão responsáveis por ações que ponham em causa” qualquer oportunidade de paz e estabilidade na região do Médio Oriente.