“Em cada unidade [prisional] há um gestor responsável que precisa agora de prestar contas do que aqui encontramos. Em segundo lugar, é preciso reforçar a segurança, especialmente em torno do movimento para os tribunais, hospitais e até mesmo dentro do centro”, declarou à imprensa o comissário nacional do Departamento de Serviços Correcionais Samuel Thobakgale.Durante a operação, a polícia confiscou também facas, telefones, routers WiFi, kits de unhas, chaves de fendas, entre outros.
A rusga foi realizada na noite de quarta-feira por funcionários dos serviços prisionais em articulação com a Polícia Sul-Africana (SAPS, na sigla em inglês) num Centro Correcional em Joanesburgo, também conhecido localmente por “Sun City”, nome de uma luxuosa instância turística no noroeste do país, segundo as autoridades sul-africanas.
De acordo com as autoridades sul-africanas, a sobrelotação dos estabelecimentos prisionais na África do Sul “contribui para o problema do contrabando” nas prisões.
A operação ocorre na sequência de uma rusga numa prisão da Cidade do Cabo, após a divulgação na rede social TikTok de um vídeo que se tornou viral, da autoria de um recluso zimbabueano, elogiando as “excelentes condições de detenção” naquele centro prisional sul-africano, incluindo “renda, eletricidade, produtos de higiene, alimentação e educação gratuitos”.
O vídeo irritou muitos sul-africanos, que enfrentam um elevado custo de vida, corrupção pública endémica, degradação de serviços públicos, e elevada pobreza e criminalidade, incluindo crime organizado, segundo a imprensa local.