“O TikTok comercializa-se como uma plataforma `online` de entretenimento, criatividade e comunidade, mas está a tornar-se um espaço cada vez mais tóxico e viciante, o que pode ter impacto na autoimagem, na saúde mental e no bem-estar dos utilizadores mais jovens, correndo o risco de os fazer cair nas armadilhas de conteúdos depressivos e relacionados com a automutilação”, alerta a AI em comunicado.
Segundo a AI, organização não-governamental de defesa dos direitos humanos, as crianças e os jovens “que têm conteúdos relacionados com a saúde mental no `feed` [For you, Para ti] do TikTok podem também ser aliciados a ver mais vídeos que discutem, romantizam e incentivam pensamentos depressivos, automutilação e suicídio”.
A AI assinala que “a forma intrusiva de privacidade do TikTok para gerar lucro rastreia tudo o que o utilizador faz na plataforma para recolher informações sobre os seus comportamentos”, procurando “prever os seus interesses, estado emocional e bem-estar”.
“A plataforma faz estas previsões para mostrar ao utilizador conteúdos mais `personalizados` no seu `feed For you` para que este continue a navegar de forma viciante – mesmo que os conteúdos sejam prejudiciais – e para que o TikTok possa direcioná-lo para anúncios a fim de gerar mais dinheiro”, avisa a organização.
A Amnistia Internacional defende por isso medidas de proteção mais eficazes, nomeadamente para impedir que “utilizadores em risco caiam em padrões de utilização viciantes e em armadilhas de conteúdos perigosos e nocivos”.