Durante uma sessão do 15.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas, a decorrer em Macau, o governante descreveu como “imprescindível a participação do investimento chinês em Angola“.De acordo com dados oficiais, Angola atingiu em 2023 uma capacidade instalada de 6.200 megawatts (MW), um crescimento de 60% sobre os 2.400 MW que o país gerava em 2015.
Mas “o investimento na geração de energia em Angola é ainda predominantemente público“, admitiu Borges.
Em 10 de maio, o presidente da Associação Angolana de Energias Renováveis, Vítor Fontes, disse que apenas 25 MW da atual capacidade instalada resultam de investimento privado e apontou o atual preço da tarifa de energia como demasiado baixo para atrair investidores.
João Baptista Borges recordou agora que o Plano de Ação do Setor de Energia 2023-2027 de Angola prevê atingir uma capacidade instalada de geração de nove mil MW até 2027, assim como uma taxa de eletrificação de 50% do país.
Em 10 de maio, o secretário de Estado para a Energia de Angola, Arlindo Bota, estimou que seja necessário investir cerca de 12 mil milhões de dólares (11 mil milhões de euros) para atingir esta taxa de eletrificação.
As instituições financeiras e o setor privado são “chamadas a desempenhar um importante papel na concretização deste objetivo”, acrescentou João Baptista Borges.
O governante destacou a assinatura de um acordo bilateral de proteção recíproca de investimentos entre Angola e a China, durante a visita a Pequim do presidente angolano, João Lourenço, em março.