“As tensões na península coreana resultantes do reforço da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte são contrárias aos interesses da China e pedimos à China que desempenhe um papel construtivo em prol da paz, da estabilidade e da desnuclearização da península”, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano.
O texto é um resumo de uma reunião, na terça-feira, entre funcionários dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, da Coreia do Sul e da China, em Seul, e foi publicado horas antes do encontro entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Em resposta, a China disse que “não haveria qualquer mudança na sua política em relação à península coreana e que iria desempenhar um papel construtivo na resolução da questão da península”, referiu ainda o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano.
Pouco depois da publicação deste texto, Putin e Kim reuniram-se na capital norte-coreana, com o objetivo de assinar um novo tratado de parceria estratégica.
Outro dos objetivos da viagem é a criação de um “sistema recíproco de comércio e pagamentos não controlado pelo Ocidente”, de acordo com um editorial publicado na terça-feira pelo diário norte-coreano Rodong.
As trocas entre Pyongyang e Moscovo intensificaram-se desde a cimeira, na Rússia, em setembro, e acredita-se que, desde então, Pyongyang forneceu milhares de contentores de armas a Moscovo, utilizadas na Ucrânia.
Em troca, o regime terá obtido assessoria para o programa de lançamento de satélites espiões.