O Comandante Provincial da Polícia Nacional de Angola, na Huíla, Comissário, Divaldo Júlio Martins, afirmou, na sexta-feira, 07 de Junho de 2024, que um dos seus maiores objectivos é ter uma Polícia permanente no bairro, de modo a criar uma relação de proximidade com o cidadão.
O desejo foi manifestado durante a sua participação no evento ”Conversa no Tyoto” subordinada ao tema: ”POLÍCIA, COMUNIDADE E ESTADO DE DIREITO-LEI VS ORDENS SUPERIORES”, realizado pela Aliança Cívica da Huíla, onde o Comandante reagia às questões apresentadas por um participante identificado por Manuel Bule das Mangas, ou simplesmente Mwene Vunongue, que na sua abordagem, começou por elogiar a postura do Comandante pela forma sábia em como respondia as questões que lhe eram colocadas.
Mwene Vunongue incidiu-se também em questões sobre as estratégias que o Comandante tem feito para envolver os cidadãos na defesa da segurança pública, bem como questionou sobre o policiamento de proximidade, tendo como base o programa “Polícia do Bairro” implementado na Huíla pelo Comandante Divaldo Martins.
Em resposta, o Delegado do MININT e também Comandante Provincial começou por explicar da seguinte forma: ”Eu Divaldo Martins sou do bairro Popular exemplificou, todos nós somos de um bairro, até aqueles que vivem num condomínio, porque aquele condóminio está num bairro (….) Ou seja, o bairro é a circunscrição geográfica básica das nossas comunidades”, exemplificou o Comandante.
Continuando disse: “Se nos centros urbanos são bairros e nos suburbanos são as chamadas vilas e aldeias, então não há nada de pejorativo com o Polícia do Bairro. Ainda que tenhamos muito dinheiro, todos nós vivemos num determinado bairro. E o que nós entendemos quando vamos a um bairro? Por exemplo, nós temos a igreja da Lage neste bairro e temos a igreja da Cé no outro bairro, nós temos estruturas de referência daquele bairro porque aquelas instituições são pertences daquele bairro, nós ainda podemos encontrar a cantina do bairro, podemos igualmente encontrar a padaria do bairro, mas faltava ali naquele meio o Polícia do Bairro”.
Acrescentou, dizendo que, “antes o Polícia era visto como elemento de fora, e nós não queremos que o Polícia vai a um determinado bairro somente quando há problema, nós queremos que o Polícia seja um elemento permanente do bairro, onde o cidadão ganha o sentimento de segurança e diga que eu tenho o meu Polícia, e que o cidadão tenha o número de telefone deste mesmo Polícia, para que, na eventualidade de surgir um problema, o cidadão poderá ligar direitamente para o seu Polícia, este é o conceito do Polícia do bairro. ”Deixar de ser uma Polícia que vai ao bairro quando há um problema, para sermos uma Polícia que está permanentemente no bairro de modo a criar uma identificação e uma relação verdadeiramente de proximidade com o cidadão. Portanto, este é o nosso desafio, de modo a garantir uma melhor integração com a comunidade e o respeito ao estado de direito concluiu o Comissário, Divaldo Martins.