Depois de um início de duelo pautado por muitos altos e baixos, com um set para cada lado, o atual campeão olímpico, quarto colocado no ranking ATP, passou para a frente do marcador (2-1), recuperando de uma desvantagem de 2-5 no terceiro parcial.
Regressado ao court Philippe-Chatrier, após uma rápida visita ao balneário, Zverev baixou o nível de jogo e perdeu surpreendentemente o ascendente sobre o adversário, que, apesar de ter sido massajado várias vezes às pernas, conseguiu impor três quebras de serviço, contra apenas uma, para levar a decisão da final parisiense para a derradeira partida.
Na ‘catedral’ da terra batida, onde o compatriota Rafael Nadal conquistou 14 dos seus 22 títulos do Grand Slam, Carlos Alcaraz soube sofrer e lidar melhor com a pressão nos momentos decisivos para derrotar, pela quinta vez na carreira, Alexander Zverev, que curiosamente havia iniciado a quinzena francesa a eliminar o recordista de Roland Garros.
Ao receber a tão ambicionada Taça dos Mosqueteiros das mãos do sueco Bjorn Borg, seis vezes campeão em Paris, Alcaraz tornou-se no mais jovem jogador a vencer três ‘majors’ em três superfícies diferentes, após os triunfos no Open dos Estados Unidos, em 2022, e Wimbledon, em 2023, superando Nadal, que havia assinado tal proeza com 22 anos e sete meses.
O recorde de precocidade na ‘era Open’ pertence, contudo, ao norte-americano Michael Chang, que venceu na capital francesa aos 17 anos, em 1989.