“Hoje e amanhã [terça-feira], mais de 22.000 assembleias de voto são disponibilizadas a 1,6 milhões de sul-africanos que se candidataram ao voto especial devido a doença, enfermidade ou deficiência”, disse Masego Sheburi, responsável do IEC pela operação eleitoral.
O responsável eleitoral sul-africano explicou à Lusa que 600.000 pessoas solicitaram visita domiciliária na morada onde se encontram confinados e que um milhão de eleitores, incluindo idosos também, votará presencialmente numa assembleia de voto até às 17:00 de terça-feira.
Segundo a Comissão Eleitoral, os funcionários eleitorais são acompanhados por representantes dos partidos políticos e observadores eleitorais acreditados.
“Existem mais de 170 missões de observação acreditadas, 18 delas são instituições internacionais e as restantes são instituições nacionais”, salientou Masego Sheburi.
“Para as eleições de quarta-feira temos 27,7 milhões de pessoas registadas no caderno eleitoral nacional, fizemos planos para as receber no dia 29 de maio”, frisou.
Questionado pela Lusa sobre o voto da emigração na semana passada, o responsável da Comissão Eleitoral sul-africana disse que operacionalizou 1.111 postos de votação para 78.000 emigrantes sul-africanos residentes no estrangeiro que se registaram para votar nestas eleições.
“Estimamos que tenhamos batido todos os recordes em termos de participação, mas nunca saberemos a participação real, porque esses votos só serão contados quando encerrarmos as assembleias de voto no país, no dia 29”, salientou.
“Estamos a receber esses votos do estrangeiro, a verificá-los na presença dos delegados dos partidos políticos e no dia 30, pela manhã, iniciaremos o processo de contagem”, explicou.
Masego Sheburi avançou à Lusa que os resultados eleitorais serão conhecidos após o encerramento das mesas de votação, onde será feita a contagem dos votos.
“Todavia, a Comissão está a planear divulgar o resultado final no domingo, dia 02 de junho”, adiantou o funcionário eleitoral sul-africano.
O primeiro dia oficial de votação no país foi marcado por protestos isolados no Cabo Oriental e em Gauteng, onde se situa Joanesburgo e Pretória, a capital do país, havendo a registar ainda relatos de estações de voto que não abriram.
Contudo, a Comissão Eleitoral indicou, em conferência de imprensa, que apenas 0,1% dos que votaram tiveram dificuldades.
As eleições gerais na África do Sul, anunciadas para 29 de maio, assinalam as primeiras três décadas de democracia sob a governação do ANC de Nelson Mandela após a queda do anterior regime de `apartheid`, em 1994.
Um total de 52 partidos políticos disputam as eleições a nível nacional, para o parlamento, segundo a Comissão Eleitoral sul-africana. Alguns destes partidos políticos registaram-se igualmente para contestar estas eleições a nível provincial nas nove províncias da África do Sul.