A porta-voz da Casa Branca adianta que o caso está a ser analisado, mas assegura que a presidência dos EUA acredita no direito dos jornalistas desempenharem a sua profissão.
A vice-presidente de comunicações empresariais da agência de notícias norte-americana “lamenta veementemente as ações do Governo israelita para encerrar a nossa transmissão ao vivo de longa data que mostra Gaza e apreender o equipamento” da Associated Press.
Esta terça-feira, uma equipa do Ministério israelita das Comunicações entrou nas instalações da agência, na cidade de Sderot, no sul do país, apreenderam equipamento e entregaram um documento alegando que a AP estava a violar a lei relativa aos organismos de radiodifusão estrangeiros.
A esta acusação, a agência norte-americana garante que cumpre as regras de censura militar de Israel, que proíbe a transmissão de pormenores como movimentos de tropas que possam pôr em perigo os soldados. Ou seja, todas as imagens transmitida de Gaza, em direto, mostravam geralmente fumo a elevar-se sobre o território.
Na quinta-feira da semana passada, Israel tinha avisado verbalmente a AP a cessar a transmissão em direto, mas a agência noticiosa recusou.
“O encerramento não se baseou no conteúdo da transmissão, mas sim numa utilização abusiva por parte do Governo israelita da nova lei de radiodifusão estrangeira do país”, disse Easton.
A vice-presidente da agência apelou às autoridades israelitas para que devolvam o equipamento e permitam restabelecer a transmissão em direto. Em causa está poder “continuar a fornecer este importante jornalismo visual a milhares de meios de comunicação social em todo o mundo”.
Também em comunicado, o Ministério israelita das Comunicações afirma, em comunicado, que vai “continuar a tomar todas medidas necessárias para limitar as emissões que prejudiquem a segurança do Estado”.
No dia 5 de maio o Governo israelita encerrou os escritórios da Al Jazeera em Israel e proibiu as emissões e a difusão online do canal do Catar no país.