A câmara alta do Congresso aprovou na terça-feira à noite, por uma maioria de 79 votos contra 18, a proposta, que tinha já conseguido luz verde da Câmara dos Representantes, câmara baixa do Congresso norte-americano.
A plataforma de vídeos, detida pela ByteDance, é acusada pelos responsáveis norte-americanos de permitir a Pequim espiar e manipular 170 milhões de utilizadores nos Estados Unidos.
Logo após a aprovação, o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou que ia promulgar o texto ainda hoje.
Caso entre em vigor, a ByteDance vai ter nove meses para vender a aplicação e conseguir uma possível extensão de três meses se o negócio estiver em andamento, caso contrário será excluída das lojas da Apple e do Google em território norte-americano.
No sábado, o TikTok disse que uma eventual interdição da plataforma nos Estados Unidos ia “violar a liberdade de expressão” de 170 milhões de pessoas e avisou estar a preparar uma ação judicial para bloquear a legislação.
Um porta-voz da aplicação acrescentou que a lei ia “devastar sete milhões de empresas e fechar uma plataforma que contribui com 24 mil milhões de dólares por ano para a economia norte-americana”, num “email” enviado à agência de notícias France-Press.
A possível interdição do Tik Tok foi uma das contrapartidas aceites pelos democratas para obter o apoio dos republicanos para um novo pacote de ajuda militar de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros) à Ucrânia.