A justiça russa deteve preventivamente um 11.º suspeito de envolvimento no atentado de 22 de março na sala de espetáculos Crocus City Hall de Moscovo, em que pelo menos 144 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas.
Os suspeitos do ataque, que foi reivindicado pelo grupo jihadista autodenominado Estado Islâmico (EI), são acusados de terrorismo e podem ser condenados a prisão perpétua.
No total, nas últimas duas semanas, foram detidas cerca de 20 pessoas relacionadas com o ataque a uma das salas de espetáculos mais populares da Rússia, onde atuaram artistas como Plácido Domingo e Jennifer Lopez.
O jornal The Washington Post, citando fontes oficiais não identificadas, noticiou esta semana que os Estados Unidos tinham avisado a Rússia que o edifício do Crocus City Hall era um dos possíveis alvos de um ataque jihadista.
Entretanto, a imprensa independente criticou o Kremlin por concentrar todos os seus esforços na repressão da dissidência interna e dos críticos da guerra na Ucrânia – à qual as autoridades associaram o ataque – e esquecer os verdadeiros criminosos e as ameaças à segurança do Estado.
O Kremlin admitiu que “radicais islâmicos” estavam na origem do ataque, ao mesmo tempo que denunciou uma pista ucraniana.
O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, escusou-se a comentar informações que foram publicadas pelo jornal The Washington Post, referindo ser um assunto da competência dos serviços de segurança.
Já a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, desmentiu as informações avançadas pelo jornal The Washington Post e quando questionada sobre o assunto respondeu: “Gostaria de pedir que nos apresentem factos concretos sobre esse assunto”.